Francisco Aguilar
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Foto de Francisco Aguilar
Fundador, Inventor e Referência em Inovação Sustentável na Construção Civil Brasileira.

Origem humilde e vocação empreendedora.
Francisco Aguilar, tem uma história marcada por trabalho árduo, inovação e superação. Nascido em Tupã, interior de São Paulo, iniciou sua jornada profissional aos seis anos de idade. Com a mudança de sua família para o Paraná, seu pai, então plantador de café, enfrentou grandes perdas após uma forte geada, abandonando a agricultura para tornar-se caminhoneiro.
Ainda criança, Francisco Aguilar começou a trabalhar em um ferro-velho, separando materiais recicláveis. Aos oito anos, já morando em São Paulo, atuava como “carreteiro”, transportando compras de feirantes com um carrinho de rolamentos. Na Vila Medeiros, enfrentou condições insalubres como carvoeiro e, na sequência, passou a vender sorvetes, pirulitos e até perucas de carnaval nas ruas.
Primeiros contatos com o comércio e o setor bancário.
Aos 13 anos, na Vila Buenos Aires (bairro da Penha), conseguiu uma vaga como balconista em um supermercado local, onde seu talento com cálculos chamava atenção. Logo após, ingressou em uma agência de empregos e foi encaminhado ao Banco Nacional como office boy.
Demonstrando disciplina e comprometimento, foi promovido a contínuo e depois a escriturário, atuando no setor de resseguros. Esse período foi fundamental para o desenvolvimento de competências organizacionais e técnicas que seriam aplicadas mais tarde em seus projetos inovadores.
Tijolos Ecológicos de solo cimento.
A invenção que revolucionou a construção sustentável
Em 1972, aos 14 anos, Francisco Aguilar iniciou um projeto ousado ao lado do pai e do irmão, desenvolver uma máquina de fabricação de tijolos ecológicos. Utilizando seus conhecimentos em desenho técnico, elaborou um sistema manual que permitia moldar tijolos com encaixe perfeito uma tecnologia pioneira no Brasil, pensada para tornar a construção civil mais sustentável, acessível e eficiente.
A primeira máquina, anunciada no jornal Diário Popular, foi rapidamente vendida, o que motivou a criação de novos modelos e o início de um negócio visionário. Francisco conciliava o trabalho no banco com os esboços e testes da máquina, investindo todo o tempo livre no aperfeiçoamento do equipamento.
Foto de Francisco Aguilar
A fundação da indústria e a primeira grande conquista da Jarfel // Sahara.
Em 1978, já com mais experiência técnica, adquiriu uma fábrica de máquinas de blocos de concreto pertencente ao engenheiro japonês Yoshio Sahara.
O conhecimento transferido por Yoshio Sahara foi determinante para que Francisco Aguilar iniciasse a produção de máquinas mais robustas e eficientes.
A primeira venda ocorreu para uma empresa do Rio de Janeiro, consolidando a nova fase do negócio.
Empresa familiar, valores sólidos e crescimento sustentável.
Em 1981, Francisco casou-se com Lígia Mara Aguilar, que passou a cuidar da gestão financeira da empresa papel que exerce até os dias atuais.
A filha do casal, Fernanda Aguilar, envolveu-se desde cedo com o negócio, participando da divulgação e demonstrando as máquinas em feiras e eventos, com apenas 10 anos de idade.
Em 1994, nasceu Jeferson Aguilar, que também se juntaria à empresa, hoje reconhecida por sua forte cultura familiar e gestão participativa.
Outros membros da família como sobrinhos, cunhados, genro e nora também se integraram ao negócio, fortalecendo a estrutura da empresa e contribuindo com diferentes áreas operacionais, administrativas e comerciais.
Resiliência em tempos de crise.
Durante um período de grave crise econômica no Brasil em 1978, com uma inflação que ultrapassava 60% ao mês, Francisco Aguilar se viu diante de uma decisão difícil dentro da empresa familiar. A venda das máquinas era extremamente complicada, já que sua família insistia em negociar somente à vista, algo quase inviável naquele cenário. Diante das dificuldades financeiras, a família decidiu vender a empresa apenas pelo valor da dívida, uma alternativa que Francisco Aguilar, apesar de ser sócio minoritário, não aceitou.
Determinado a mudar o rumo da história, Francisco propôs um acordo: se lhe concedessem 30 dias de prazo, ele se comprometeria a quitar todas as dívidas da empresa. Em troca, assumiria a propriedade total do negócio. Caso não conseguisse cumprir o acordo, aceitaria a decisão da família de vender a empresa somente pela dívida. O pacto foi aceito.
Imagem retirada de: https://outraspalavras.net/outrasmidias/volta-da-carestia-convida-a-pensar-em-1978/
Em um mercado onde ninguém vendia máquinas a prazo, devido à inflação que fazia os preços subirem de um dia para o outro, Francisco Aguilar decidiu adotar uma estratégia ousada e criativa. Em vez de tentar vendê-la somente à vista, ofereceu financiamento em 24 meses sem juros, apenas com uma entrada, algo impensável para a época. Essa oferta foi veiculada nos jornais impressos populares da época, como o Diário Popular e o Estado de São Paulo.
Embora, à primeira vista, parecesse um mau negócio para quem vendia, já que não havia juros em um ambiente inflacionário, a estratégia funcionou perfeitamente. Em menos de um mês, Francisco vendeu todo o estoque de máquinas da empresa. Com os valores das entradas, conseguiu quitar toda a dívida pendente, conforme prometido.
Dessa forma, assumiu o controle total da empresa, comprando as partes do pai, da mãe e do irmão, pelos mesmos valores que eles haviam proposto ao tentar vender o negócio apenas para pagar as dívidas. Foi o ponto de virada: Francisco Aguilar tornou-se o único e majoritário dono da empresa, mostrando sua visão estratégica, coragem e capacidade de inovar mesmo em tempos de crise.
Inovações técnicas e colaborações estratégicas.
Na década de 1990, a empresa assumiu a liderança no desenvolvimento de novos formatos para tijolos ecológicos. O modelo tradicional que já tinha encaixe foi aprimorado com a introdução do encaixe redondo e a inovação dos furos internos no tijolo. Esses furos passaram a desempenhar múltiplas funções: possibilitaram a passagem de instalações elétricas e hidráulicas, contribuíram para um melhor desempenho térmico das paredes e permitiram a circulação interna de ar, o que ajudava a eliminar a umidade. Como resultado, as paredes tornaram-se naturalmente mais secas, o que colaborava para o controle de fungos e ácaros no ambiente interno. Essa tecnologia foi oficialmente patenteada no INPI sob o número DI 5601370-1.
Além disso, em parceria com um cliente da construção civil na cidade de Peruíbe (SP), a empresa desenvolveu um sistema construtivo inovador, baseado no uso de microcolunas e cintas de amarração em concreto. Esse sistema trouxe ganhos significativos em segurança estrutural e estabilidade para as edificações construídas com tijolos ecológicos.
Visibilidade nacional e salto de crescimento.
Em 1994, a participação da empresa na feira Pequenas Máquinas marcou um ponto de virada na sua trajetória. O evento, realizado entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março daquele ano, integrou o Sexto Salão Internacional promovido pela administradora Lemos Brito. Na ocasião, a empresa protagonizou uma ação inovadora: construiu, ao vivo, uma casa de 55 m² em apenas três dias, e no quarto dia, ela já estava completamente decorada.
A ousadia da demonstração chamou a atenção da mídia e de autoridades presentes, como o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. A repercussão foi imediata: a imprensa nacional e internacional deu ampla cobertura ao feito, e a visibilidade resultou na primeira exibição da empresa no programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da TV Globo.
Essa aparição televisiva impulsionou significativamente as vendas, levando à necessidade de aumentar a produção. Isso motivou a mudança para um galpão maior, a aquisição de novos imóveis para expansão da área fabril e administrativa e a criação de um centro de atendimento nacional.
Dois anos depois, em 1996, o programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios voltou a destacar a empresa em uma nova reportagem, justamente por acompanhar sua evolução desde a feira de 1994 e os avanços obtidos a partir daquele momento histórico.
Expansão produtiva e início da terceirização.
Para atender à alta demanda, a empresa terceirizou a fabricação das máquinas para cerca de 10 outras indústrias parceiras, mantendo a excelência no padrão de qualidade. Com essa estratégia, o volume de vendas foi tão grande que em poucos meses, produzimos algo em torno de 2500 máquinas. Consolidando sua posição de liderança no setor.
Sustentabilidade e reconhecimento institucional.
Devido ao grande sucesso do sistema construtivo com tijolos ecológicos, em 1998 participamos do Projeto Cajuru, no qual a prefeitura de Sacramento – MG construiu 485 casas utilizando essa tecnologia. No ano seguinte, em 1999, participamos do Projeto Minha Casa, promovido pelo governo de Manaus, que resultou na construção de 30 mil residências com tijolos ecológicos. O êxito dessa iniciativa foi tão expressivo que serviu de base e inspiração para a criação do programa federal que mais tarde se tornaria o Minha Casa, Minha Vida, reconhecido nacionalmente como um dos maiores projetos habitacionais do país.
O crescimento dos blocos de concreto e nova virada de mercado.
A partir de 1998, o mercado de blocos de concreto começou a ganhar relevância no setor da construção civil.
Em 2005, uma nova reportagem no programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios reforçou a credibilidade da marca e trouxe novos clientes. A empresa aperfeiçoou suas máquinas de bloco de concreto, expandindo sua linha de produtos e reforçando seu posicionamento como referência em soluções tecnológicas para construção civil.
Em 2015, diante do fechamento em massa de diversas olarias devido a restrições ambientais e entraves legais cada vez mais rigorosos, o tijolo ecológico e o bloco de concreto ganharam destaque no setor da construção civil, consolidando-se de vez como alternativas sustentáveis e viáveis frente aos métodos tradicionais.
Atualidade: liderança consolidada e olhar para o futuro.
Atualmente, a, Jarfel // Sahara atua a partir de uma sede própria com mais de 10.000 m² em Mogi das Cruzes (SP), contando com área de expansão e um parque fabril moderno.
O foco atual é a produção de máquinas de bloco de concreto e pisos de pavimentação, mas com aplicações Otimizadas para obras de pequeno, médio e grande porte, tanto particulares quanto públicas ou privadas.
A empresa investe em pesquisa e desenvolvimento contínuos e treinamentos teóricos e práticos dos equipamentos adquiridos pelos clientes.
O CEO Francisco Aguilar permanece à frente da empresa como presidente e conselheiro técnico, liderando com os mesmos valores que o acompanharam desde a infância: resiliência, inovação, ética, sustentabilidade e compromisso com o progresso social através da construção civil.
Veja um pouco sobre a JARFEL // SAHARA








